Parao tópico proposto:
O perigo da fraude intelectual aumentou com o advento da internet?A Cecília percebe assim - Talvez sim, talvez não. Na minha perspectiva e como mostrou Lévy, desde que a autoria deixou de ser central (como o era na Grécia, por exemplo) e os comentadores ou 'autores menores' começaram a ter um peso considerável no domínio da elaboração de obras, questões relativas a fraudes começaram a colocar-se. Certamente que não estaremos a falar da mesma fraude de que se fala actualmente, mas estamos, neste caso, a falar da questão relativa à autoria e aos direitos de autor.
Quando afirmo que talvez desde que exista internet se tornou mais fácil a fraude intelectual, isso é verdade, contudo também é verdade que se tornou mais fácil verificar a existência dessa mesma fraude (porque basta inserir uma frase num motor de busca que se ela existir na internet, certamente aparecerá). A fraude intelectual sempre existiu. Quem é que nunca fez plágio de um autor (trecho de texto, por exemplo)? Quem é que nunca fez passar, intelectualmente, algo que não era seu, como se o fosse? Ora é certo que o plágio sempre existiu, contudo o computador permitiu que isso acontecesse com maior facilidade (o que provavelmente incidiu também na frequência), mas... parece-me, também, que a possibilidade de transparência, nesta área, também passou a ser maior (anteriormente teriamos de percorrer vários livros para identificar o plágio e agora basta-nos inserir palavras em motores de busca que em segundos eles nos dão resposta). Assim sendo concluo: sim a fraude intelectual é mais fácil, mas também mais perigosa porque com maior facilidade se poderá ser identificado como fraudolente.
O AntÔnio em concordância segue completando que a facilidade com que se encontram plágios na internet, e nos conduz a pensar num outro tipo de fraude (ao jeito dos enredos cinematográficos), não apenas o plágio da palavra mas a usurpação do indivíduo.
E diz não conseguir imaginar maior fraude intelectual que a de colocar no outro palavras e acções que este não realizou e torna-las credíveis ao olhos de todos.
Acredita que a Internet permitiu aumentar a velocidade com que se obtém informações sobre uma determinada pessoa. Em pouco tempo é possível simular a existência de um individuo , clonando e simulando as suas intervenções com o mundo real e virtual ao ponto dos mais distraídos não conseguirem diferenciar as intervenções do real e do clone.
Antes da Internet, para simular um individuo seria necessário uma equipa que registasse os movimentos da pessoa e dos seus contactos próximos para conseguir recriar o modo como a personagem se relacionava com os outros.
Hoje com a Internet e as redes sociais é possível saber muito sobre quem são os amigos, os amigos dos amigos o como estes se relacionam (este é o perigo das redes sociais onde circula a informação dos nossos jovens).
Esta simulação pode ser feita a vários níveis, deste o lançamento do boato, da usurpação da palavra escrita e da criação de fotografias e filmes falsos, à substituição física do próprio personagem.
A Internet permitiu estabelecer contactos, criar amigos e fazer negócios sem que as pessoas se encontrem presencialmente. Quantos menos contactos um indivíduo fizer no mundo físico, mais facilmente será clonado.
O Marco em concordância com a Cecília foca uma questão interessante sobre o plágio, enquanto exemplo da prática de fraude intelectual relacionada com o avanço das tecnologias (Internet). Referem-se ao plágio, considerando-o como tomada de posse daquilo que é propriedade intelectual de outros. Será que é sempre intencional (acto consciente) quando alguém apresenta, por exemplo, um trabalho ou citações como seus, sem nunca mencionar o autor? E essa prática é fomentada pela Internet?
Cita o exemplo das obras publicadas ao longo da História, que tudo ou quase tudo que se diga hoje já foi dito por alguém. Há quem afirme mesmo que os Gregos já pensaram em tudo… Portanto, o que vem uma ambiente virtual globalizado e globalizante (a Internet) alterar, no que ao direito de autor diz respeito?
Para perceber melhor se as coisas mudaram na era da Internet,chamo-nos a pensar sobre o caso dos trabalhos escritos por estudantes retirados de repositórios que eles encontram na Internet são as fontes de informação mais procuradas para a pesquisa e recolha dos dados que precisam. Assim como antes eram as obras e trabalhos científicos publicados em papel. Pelo facto de a fonte de informação ser diferente, a prática do estudante será necessariamente diferente?
Talvez seja precipitado concluir que a fraude intelectual possa aumentar com o advento da Internet. O que se verifica é que os estudantes, quando confrontados com a facilidade em obter online toda a informação que precisam, parecem estar tomados de preguiça em alargar as suas pesquisas e conformam-se em utilizar rapidamente os dados que encontram, incluindo comentários ou resumos, “esquecendo-se” depois de citar o autor.
Sendo essa atitude posta em prática sempre – para quê pensar ou questionar o assunto pela minha cabeça, se alguém já o fez e com grande qualidade? -, os estudantes talvez não se apercebam que, por mais pequena que seja a frase transcrita para o seu trabalho, estão a utilizar a propriedade intelectual que é de outro. Por esta razão, devem colocar entre aspas e citar o autor e referência bibliográfica.
É verdade que se tornou mais fácil identificar, com a ajuda das novas tecnologias, os trabalhos que apresentam duplicação de citações. Mas isso não nos impede de pensar que antes a prática de plágio existiu na mesma quantidade, sendo porém impossível averiguar da mesma forma. Veja-se o caso da escritora-investigadora Clara Pinto Correia, sobre quem recaíram em 2004 as suspeitas de plágio nas suas crónicas publicadas na revista Visão, em relação a dois artigos da revista americana New Yorker. Esta atitude em particular aconteceu porque estamos na era da Internet?
Falta é alguém tentar passar as publicações do passado, pelo menos, desde Guttenberg, pelo crivo das novas tecnologias para descobrir até onde vai a pirataria intelectual …
Se calhar a Internet veio sim contrariar a prática, consciente ou não, do plágio. Sabendo os estudantes ou outros indivíduos, a título pessoal ou profissional - será que os jornalistas dão sempre crédito ao autor? –, que há um enorme risco de serem descobertos e, consequentemente, penalizados pelo professor ou avaliador, a fraude intelectual pode é estar a diminuir, graças à Internet… Mas isto fará com que os estudantes sejam mais autênticos, levando-os a pensar por suas cabeças (reflectir sobre as teorias que estudam) e a citar correctamente as ideias de outros?
Por fim, se refere aos websites preocupados em denunciar a pirataria intelectual e exemplifica.
Penso que a Cecília foca uma questão interessante sobre o plágio, enquanto exemplo da prática de fraude intelectual relacionada com o avanço das tecnologias (Internet). Estou já a referir-me ao plágio, considerando-o como tomada de posse daquilo que é propriedade intelectual de outros. Será que é sempre intencional (acto consciente) quando alguém apresenta, por exemplo, um trabalho ou citações como seus, sem nunca mencionar o autor? E essa prática é fomentada pela Internet?
Talvez a Cecília esteja a lembrar-nos, ao falar das obras publicadas ao longo da História, que tudo ou quase tudo que se diga hoje já foi dito por alguém. Há quem afirme mesmo que os Gregos já pensaram em tudo… Portanto, o que vem uma ambiente virtual globalizado e globalizante (a Internet) alterar, no que ao direito de autor diz respeito?
Para perceber melhor se as coisas mudaram na era da Internet, falemos então de um caso em concreto. Os trabalhos escritos por estudantes. Hoje em dia, os repositórios que eles encontram na Internet são as fontes de informação mais procuradas para a pesquisa e recolha dos dados que precisam. Assim como antes eram as obras e trabalhos científicos publicados em papel. Pelo facto de a fonte de informação ser diferente, a prática do estudante será necessariamente diferente?
Talvez seja precipitado concluir que a fraude intelectual possa aumentar com o advento da Internet. O que se verifica é que os estudantes, quando confrontados com a facilidade em obter online toda a informação que precisam, parecem estar tomados de preguiça em alargar as suas pesquisas e conformam-se em utilizar rapidamente os dados que encontram, incluindo comentários ou resumos, “esquecendo-se” depois de citar o autor.
Sendo essa atitude posta em prática sempre – para quê pensar ou questionar o assunto pela minha cabeça, se alguém já o fez e com grande qualidade? -, os estudantes talvez não se apercebam que, por mais pequena que seja a frase transcrita para o seu trabalho, estão a utilizar a propriedade intelectual que é de outro. Por esta razão, devem colocar entre aspas e citar o autor e referência bibliográfica.
É verdade que se tornou mais fácil identificar, com a ajuda das novas tecnologias, os trabalhos que apresentam duplicação de citações. Mas isso não nos impede de pensar que antes a prática de plágio existiu na mesma quantidade, sendo porém impossível averiguar da mesma forma.
Falta é alguém tentar passar as publicações do passado, pelo menos, desde Guttenberg, pelo crivo das novas tecnologias para descobrir até onde vai a pirataria intelectual …
Por fim, refere-se que já começam a aparecer websites preocupados em denunciar a pirataria intelectual".
Creio no dinâmico e significativo aumento no número de fraudes, só não saberia dizê-lo quem “nasceu primeiro” se a intencionalidade de fazê-lo ou o caminho para tal consolidação pelo homem, sujeito de novos tempos, inserido em um novo contexto! Será a internet a grande vilã? Ou será o homem, o “vilão” no contexto analisado e como apropriador de conteúdos de terceiros? Que toma-os e pela camuflagem virtual(de não ser presença verdadeira se assim o desejar!) lança-os de modo a eximir-se e transferir nomeadamente a titularidade p/ o veículo sobre um ato não ético?
Percebo uma ação cíclica nisso!E convido os colegas à refletirem - Até que ponto conseguimos delimitar tais atitudes - será que todas elas são frutos de tentativas puras e simples de subtração? Que outros elementos inserem-se? Em que patamar podemos colocar a desinformação ou a informação positiva no sentido de gerar criticidade nas pessoas por respeito ao que pertence a terceiros? Observamos ações isoladas neste sentido e...muito distante da cultura estabelecida de que é fácil,rápido usar a internet para tais práticas.
Abro um parentêses para reforçar a condição da existência de meios de rastreamento que são desenvolvidos para suportar tais identificações, porém não saberia dizê-los se tão eficazes como se deseja ou tão rápidos como se espera!
Adentramos um terreno,diria bastante pantanoso, quando pensamos os direitos autoriais e toda a gama de direitos conexos que orbitam sobre essas questões. Não dispomos de mecanismos que nos concedam integridade de análise p/ verificar as apropriações (intencionais ou não!)oriundos do mega repositório suportado pela grande rede!
Acredito vivenciarmos uma imensa ofensiva na história, em todos os segmentos, no sentido de frear, identificar... porém mensurá-los é imenso! Estamos longe de frear a liberdade e ações desta natureza. Se observarmos em nosso entorno,claramente, identificaremos impasses voltados para tais questões, principalmente aquelas relativas a se descobrir neste universo a tradução aplicável de “a quem pertence a autoria”, neste vasto mundo de dados e informações.
Mergulhados estamos em um conjunto de leis que especificamente tratam tais questões, porém não contemplam de modo integral a velocidade e o volume circulante de tanto conteúdo e de todas as apropriações indevidas e reunidas neste mega espaço, ao alcance dos olhos e principalmente das mãos!
Percebo que persiste uma lacuna cultural, quanto a entender e aplicar o
modus para que se cumpra as devidas citações e/ou creditações nos diferentes materias circulantes.
Lidamos, com plurais legislações,muito diferentes em suas naturezas e aplicá-las consiste em batalhas maiores para além do crtlv+crtlc...percebo, considerando os subjetivos elementos, que exista importante fragilidade nestas questões
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